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Hoje, vamos abordar as ondas de calor que têm impactado o Brasil desde o segundo semestre de 2023, exacerbadas pelo fenômeno climático El Niño.
Essas ondas de calor têm um impacto significativo no setor elétrico, refletindo-se diretamente nas contas de energia de consumidores de todas as categorias.
Durante os períodos de calor extremo, a demanda por eletricidade cresce devido ao uso intensificado de aparelhos de refrigeração, como ares-condicionados, o que pode ocasionar um aumento nas tarifas do consumidor final. Para atender a esses picos de consumo, é frequentemente necessário recorrer às usinas termelétricas, que possuem custos de operação superiores às fontes renováveis, como as hidrelétricas, eólicas e solares, elevando assim os custos de geração de energia do sistema elétrico.

O Brasil conta com uma capacidade instalada de 199,9 GW na sua matriz energética, sendo que as fontes solares e eólicas juntas somam 42 GW.
Isso demonstra o comprometimento do país com a diversificação das fontes energéticas e a redução da dependência de termelétricas, que ainda representam aproximadamente um quarto (24,1%) da capacidade operacional, ficando atrás apenas das hidrelétricas, que correspondem a 54,9% (ANEEL fevereiro de 2024).
Recentemente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um recorde de demanda instantânea de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), alcançando 101,9 gigawatts (GW) no início da tarde do dia 7 de fevereiro de 2024. Esse valor é ligeiramente superior ao último recorde de
101,5 GW, registrado no início de novembro de 2023.
A necessidade de ativar usinas termelétricas adicionais, embora essencial, leva a um aumento nos custos de geração de energia, que é repassado a todos os consumidores por meio do Encargo de Serviço do Sistema (ESS). Enquanto os consumidores do mercado livre percebem esses aumentos imediatamente nas tarifas, os consumidores cativos, como os residenciais, que são abastecidos pelas distribuidoras, sentirão o impacto apenas no próximo reajuste anual.

Em resumo, as ondas de calor destacam os desafios enfrentados pelo setor energético na tentativa de equilibrar a necessidade de atender ao aumento da demanda com a promoção de uma matriz energética sustentável.
Apesar de o Brasil estar equipado para lidar com esses aumentos de demanda graças a uma matriz energética diversificada, a necessidade de investimentos contínuos em fontes renováveis e eficientes é crucial para mitigar os impactos ambientais e assegurar a totalidade do consumo do país de forma sustentável e isonômica.
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