Para os especialistas do mercado mundial de energia o hidrogênio verde (H2V) será o combustível da próxima década. A imprensa nacional tem dado uma ampla cobertura para esse assunto, destacando que o Brasil tem potencial para se transformar num dos maiores fornecedores nessa cadeia e gerar uma receita anual até R$ 150 bilhões até 2050. Quem defende isso são consultorias como a alemã Roland Berger, baseados na abundância de energia limpa que temos e por questões de logística. O grande desafio é transformar esse potencial em realidade. Várias empresas já fazem seus investimentos antecipando-se à todas as regulamentações desse mercado, ainda em debates.

Algumas regiões do Brasil se destacam com melhores condições para receber novos ativos, como é o caso dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Desses, a Bahia já tem excelentes investimentos anunciados por empresas no Polo Petroquímico de Camaçari. Para os especialistas o hidrogênio verde poderá nos entregar uma carga gerada equivalente ao potencial de Angra 1, por isso se trata de um elemento fundamental para essa transição de uma energia de baixo carbono. Em março de 2023 uma delegação da Alemanha esteve no Brasil para discutir questões de cooperação e oportunidades de negócios entre os dois países. Várias marcas fornecedores desse mercado soa de origem alemã e tem grande interesse no mercado brasileiro.

No Brasil uma série de pesquisas e embriões de negócios estão nascendo para incentivar e implantar o futuro do hidrogênio verde no país. De acordo com a Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) uma fonte promissora de hidrogênio renovável é o biometano, com potencial de produzir 7 milhões de toneladas por ano. Sua enorme vantagem ter uma eficiência maior e com menor custo a chamada eletrólise e com uma intensidade de carbono ainda menor, já que o processo se utiliza de resíduos.

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