O Brasil instituiu seu programa do hidrogênio (PNH2) por meio da Resolução nº 6, de 23 de junho de 2022, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a fim de estabelecer o mercado e a indústria do hidrogênio como condutor energético. Entre os objetivos está a descarbonização da economia, reconhecer as diferentes fontes energéticas, bem como alternativas tecnológicas existentes ou potenciais.
A resolução determina que o programa se desenvolva a partir de 6 eixos:
1- fortalecimento das bases científico-tecnológicas;
2 – capacitação de recursos humanos;
3 – planejamento energético;
4 – arcabouço legal e regulatório-normativo;
5 – abertura e crescimento do mercado e competitividade; e
6 – cooperação internacional.
Em diversos países, o hidrogênio está sendo qualificado como vetor alternativo para uma matriz de baixo carbono em setores cuja redução dos gases responsáveis pelo efeito estufa é difícil. Além disso, é um vetor de energia que permite seu armazenamento.
O hidrogênio verde é considerado o combustível do futuro. A produção desse insumo não causa danos ao meio ambiente. Para ter selo verde, da produção ao transporte, não pode ter combustível fóssil ou outro nocivo em uso. Segundo, a Agência Internacional de Energia (AIE) a utilização do hidrogênio verde ajudará a economizar cerca de 830 milhões de toneladas de CO2 anuais.
Entre as fontes de hidrogênio existem:
- Hidrogênio verde
Gerado a partir de energia renovável, por meio da eletrólise da água.
- Hidrogênio musgo
Obtido a partir de biomassa ou biocombustíveis, substituindo o metano de origem fóssil por biometano ou por etanol.
- Hidrogênio cinza
Gerado a partir do gás natural e combustíveis fósseis.
- Hidrogênio azul
Obtido por meio da queima de combustíveis como gás natural, carvão mineral e outros fósseis.
Assim, desenvolver esse mercado é necessário, pois beneficiará desde o setor de transporte à energia limpa. A fim de que o Brasil acelere nessa área, o PL 725/2022, denominado Lei do Hidrogênio, prevê a adição de, no mínimo, 5% de hidrogênio na rede de gasodutos até 2032, e 10% até 2050.




