A fatura de energia de um consumidor de alta tensão é formada por três principais componentes: Energia, Encargos (não são os impostos) e Demanda, mas pode conter ainda Energia reativa, Demanda Reativa, Iluminação Pública, Multa e juros por atraso de pagamento, multa por ultrapassagem de demanda e claro, as bandeiras tarifárias.
As principais componentes ainda podem ser divididas entre Ponta e Fora de Ponta dependendo do perfil tarifário. O horário de ponta, ou de pico, é aquele horário em geral entre 18h e 21h onde o custo da energia é mais caro, esse período pode ter pequenas variações de distribuidora para distribuidora e sábados e domingos não possuem horário de ponta.
O principal ponto aqui é entendermos 3 pontos: Consumo na Ponta, Consumo Fora de Ponta e Demanda. Vamos por partes:
Consumo na Ponta: Se você trabalha entre 18h e 21h você consumirá energia durante o horário de ponta e já deve ter percebido que a energia nesse horário é mais cara, na verdade bem mais cara. O que acontece? Proporcional ao consumo nós temos duas tarifas: a de energia e os encargos. A energia na ponta é mais cara que fora de ponta e para o consumidor no perfil tarifário verde, os encargos na ponta são muito mais caros que fora de ponta. Por exemplo, imagine um pequeno consumidor que tem uma fatura de aproximadamente R$ 8.000. Esse consumidor pode ser um comerciante e estará trabalhando no período das 18h às 21h. Nessa fatura de R$ 8.000, o consumo no horário de ponta corresponderá a aproximadamente R$ 2.000, onde nesses R$ 2.000 já estão inclusos cerca de R$ 250 de PIS, COFINS e ICMS.
Consumo Fora de Ponta: As tarifas de energia e encargos fora de ponta são mais baratas que as tarifas de ponta. Entretanto o consumo nesse período costuma ser muito maior, isso é natural visto que o horário de ponta soma apenas 3 horas diárias em dias úteis. Dessa forma ele compõe uma parcela importante da fatura, na verdade a maior parte. Para o nosso consumidor exemplo, a parcela fora de ponta irá somar cerca de R$ 4.600 (dos quais cerca de R$ 850 são de PIS, COFINS e ICMS). Aqui vou adicionar uma informação importante, o custo fora de ponta é cerca de 2,3 vezes maior que o ponta, porém o consumo fora de ponta para esse nosso consumidor é cerca de 8,3 vezes maior que o ponta, mostrando novamente que as tarifas na ponta são significativamente mais caras que as fora de ponta.
Demanda: Por fim chegamos na demanda contratada, uma exclusividade do consumidor de alta tensão (grupo A), se você possui uma demanda contratada você pode migrar ao mercado livre de energia. Voltando ao nosso exemplo, nessa fatura de R$ 8.000 cerca de R$ 1.400 são relativos à demanda, aonde R$ 80 são de impostos. Vale destacar que você pode encontrar duas demandas contratadas na sua fatura, isso significa que você está no perfil tarifário azul, para realizarmos um estudo de viabilidade para migração ao mercado livre de energia precisaremos dos dois valores.
Por fim chegamos aos impostos. Na nossa fatura de R$ 8.000 cerca de 15% desse valor é relativo a impostos, mas isso pode variar de acordo com a alíquota de ICMS de cada estado. O valor da fatura pode ser significativamente maior em meses onde há o acionamento de bandeiras tarifárias, ou também se houver custos muito elevados de ultrapassagem de demanda e excedente de reativos. Você ainda encontrará na fatura outros custos como iluminação pública e eventuais juros e multas por atraso de pagamento. E o ponto mais importante, esse consumidor ao migrar para o mercado livre terá uma economia da ordem de 30%.
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