A geração da energia eólica offshore é aquela em que o parque eólico está localizado em alto mar. A eólica onshore mantém o parque na terra. O Brasil está dando um enorme passo para o desenvolvimento da energia no mar. No dia 25 de janeiro, o governo publicou o decreto nº 10.946, que dispõe a respeito do uso de espaços físicos e do aproveitamento dos recursos naturais em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, para a geração de energia elétrica a partir de empreendimento offshore. O decreto começa a vigorar em junho do presente ano.
Nesse período, o Ministério de Minas e Energia (MME) está responsável por aprimorar as normas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está analisando os projetos de Licenciamento Ambiental Federal de Complexos Eólicos Offshore.
Os projetos para geração de energia eólica offshore já somam 80 gigawatts (GW) de potência. O Instituto firmou parceria com a União Europeia com a finalidade de aprimorar o mercado de energia sustentável e alcançar as metas do Acordo de Paris. Assim, foi realizado um Workshop Internacional de Avaliação de Impactos Ambientais em Complexos Eólicos Offshore e houve troca de conhecimentos de especialistas de países como Alemanha, Noruega, Portugal e o Brasil esteve presente por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), e Universidades Federais do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro.
O documento “Complexos eólicos offshore – estudo sobre avaliação de impactos”, elaborado pelo Ibama, mostra que a matriz elétrica brasileira é composta por 9% (15 GW) de energia eólica, podendo crescer sua participação para 12% da capacidade instalada até 2027, o que é um aumento de 10 GWVF. Esse crescimento é resultado da redução dos custos e dos compromissos internacionais firmados para gerar energia a partir de fontes renováveis. A avaliação de especialistas apresenta estimativas de que o potencial eólico offshore chegue a 697 GWEM, profundidade de até 50 m ao longo da costa brasileira.
A matriz elétrica brasileira é uma das mais renováveis do mundo e está em expansão com novas inclusões. Qual é a sua expectativa para que o Brasil se torne um país com matriz diversificada e limpa?