De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil iniciou o ano de 2022 com 181.944,5 MW de potência fiscalizada. A agência informou que desse volume em operação, 82,99% das usinas são impulsionadas por fontes consideradas sustentáveis.
A Aneel estima que o incremento na matriz energética para este ano seja 7.625,08 megawatts (MW), o que supera a expansão do ano passado, de 7.562,08 MW. Sendo que em janeiro o aumento foi de 482,21 MW, dos quais 344,25 MW são provenientes de fonte eólica (71% do total do mês) e 137,97 MW de usinas termelétricas.
Diante do expressivo desempenho da energia eólica no primeiro mês do ano, trouxemos mais informações a respeito neste blogpost. Para que haja a geração da energia eólica são necessários aerogeradores, que transformam a energia cinética do vento em energia rotacional, e esta em energia elétrica. De forma sucinta, o dispositivo que faz a conversão da energia rotacional para energia elétrica é o gerador de energia, dispositivo instalado dentro do aerogerador, que por meio de rotação mecânica aplicada em seu rotor, converte a energia rotacional aplicada em energia elétrica, que é enviada para a rede.
Tipos de tecnologia: eixo horizontal e eixo vertical
A tecnologia de eixo horizontal é a mais comum hoje, é semelhante a um catavento, tem suas origens nos moinhos de vento usados para moagem de grãos, e precisa estar sempre bem alinhada para a direção do vento para funcionar adequadamente.
Já a tecnologia de eixo vertical, como o nome sugere, tem seu sentido de rotação ao redor de um eixo na posição vertical, e não precisa ser alinhada para funcionar. Ambas transferem a energia rotacional mecânica ao gerador diretamente, ou por meio de uma caixa multiplicadora.
Em 1919, o físico alemão Albert Betz, estudando a eficiência na conversão de energia eólica em energia rotacional mecânica, concluiu que nenhuma turbina eólica pode converter mais do que 59.3% da energia cinética do vento em energia rotacional mecânica, o que é conhecido como limite de Betz. Este limite nada tem a ver com ineficiências no gerador, mas na própria natureza das turbinas eólicas, e a tecnologia de 3 pás montadas em eixo horizontal é a que atualmente consegue ter a melhor eficiência de conversão em condições ideais de vento.
Aerogerador de rotor vertical e horizontal, qual é o mais adequado?
Não há um aerogerador mais adequado, é preciso verificar a sua aplicação. Em condições de ventos turbulentos, e sem direção predominante bem definida, como acontece nos centros urbanos, na qual as edificações podem defletir o vento de maneira caótica, os aerogeradores de rotor vertical, por não precisar de alinhamento, podem ser mais adequados.
Os aerogeradores de eixo horizontal estão sendo comercializados em escala cada vez maior, sendo comum encontrar aerogeradores de 5 MW por torre, devido a sua elevada eficiência, e facilidade de construção. Já aerogeradores com eixo vertical geralmente são comercializados na escala de alguns poucos kW, e destinados principalmente à geração de energia distribuída, no telhado de casas e edifícios, que é justamente o local onde a tecnologia apresenta vantagens.
As duas tecnologias são complementares, cada uma tem seu nicho de aplicação específico.
A Tradener tem foco na geração de energia em larga escala, para atender o máximo de consumidores aos menores preços possíveis, por meio da produção de energia eólica através de aerogeradores modernos com eixo horizontal, que fornecem grande potência e área de varredura.
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