Descarbonizar é reduzir e eliminar a emissão de gás carbônico. Os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, ao serem queimados para gerar energia liberam CO2. O gás penetra na atmosfera e causa buracos na camada de ozônio. O setor elétrico está diversificando sua matriz energética, com a construção de parques eólicos, sistemas fotovoltaicos, PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e assim integra o movimento de utilização de energia de fontes mais limpas e renováveis.
A descarbonização é uma meta que todos os países buscam alcançar. Embora, o Brasil possua uma das matrizes energéticas menos poluidoras do mundo, é preciso avançar na descarbonização, o que implica em expandir a matriz e, assim, promover a sustentabilidade do país em termos de redução dos gases de efeito estufa.
A transição para um novo modelo com menos emissões trás a necessidade de adaptar modelos econômicos, industriais e culturais. Há necessidade de reavaliar os custos atribuídos aos impactos gerados pela queima do combustível, estabelecer metas reais e responsabilidades justas. As empresas terão que ajustar o modelo de trabalho prevendo a execução de atividades novas e que a fabricação dos bens e serviços tenha cada vez menos impacto nas emissões. Outro aspecto é repensar na quantidade de ativos físicos que viemos produzindo ao longo de décadas como máquinas, equipamentos, construções, veículos e entender novas formas de consumo e produção.
A temática a respeito da descarbonização ganhou relevância a partir da crise do petróleo, que ocorreu na década de 1970, e foi reforçada com a conscientização dos impactos negativos que os combustíveis fósseis causam no planeta e na vida da humanidade.
Assim, quanto mais a energia é gerada a partir de insumos fósseis, maior a intensidade de carbono e maior o desafio para tornar a emissão de CO2 em níveis baixíssimos até zerar. No Brasil, a energia eólica e solar estão em amplo crescimento e são fontes energéticas importantes nesse processo de descarbonização. Além delas, nosso país necessitará variar os recursos renováveis e implementar tecnologia para ter sucesso na descarbonização do setor elétrico. As fontes solar e eólica detêm metade da nova capacidade de geração elétrica adicionada a cada ano, e estão entre as que mais recebem investimento anual.
Conforme divulgado no Boletim Mensal de Geração Solar Fotovoltaica (Julho/2021), a geração solar bateu recorde chegando a chegando a 857 MW no dia 19/07 e 2.364 MW entre 11 e 12 horas do dia 30/07, respectivamente. O atendimento à carga do Sistema Integrado Nacional (SIN) com geração solar nesses períodos foi de 1,3% na média diária e 3,5% na média horária. O subsistema Nordeste chegou a 625 MW no dia 30/07 e 1.720 MW entre 11 e 12 horas do dia 30/07, respectivamente.
Segundo o mesmo boletim, a geração eólica alcançou 11.798 MW no dia 22/07 e 13.384 MW entre zero e 1 hora do dia 21/07, respectivamente. O atendimento à carga do SIN com geração eólica nesses períodos foi de 17,4% na média diária e 21,7% na média horária. O subsistema Norte chegou a 293 MW no dia 20/07 e 415 MW entre 17 e 18 horas do dia 01/07, respectivamente.
No subsistema Nordeste a geração de energia eólica foi 11.092 MW no dia 22/07 e 12.210 MW entre 21 e 22 horas do dia 12/07, respectivamente. O atendimento à carga do subsistema com geração eólica nesses períodos foi de 97,8% na média diária e 101,6% na média horária. Outro recorde foi constatado no subsistema Sul, cuja geração foi de 1.756 MW no dia 28/07 e 1.834 MW entre 19 e 20 horas do dia 23/06, respectivamente.
O Brasil tem muito potencial para descarbonizar sua matriz energética e está seguindo em frente.
A Tradener contribui com a descarbonização, por isso comercializa no mercado energia gerada apartir da suas Pequenas Centrais Hidrelétricas e parques eólicos.