No início de 1999, a Carbocloro resolveu estudar a opção de migrar sua unidade de produção química em Cubatão, litoral paulista, do mercado cativo para o ambiente livre. A empresa, atendida pela distribuidora Bandeirante e cujo consumo equivalia ao da cidade de Santos (SP), decidiu apostar nesse caminho para reduzir o custo do principal insumo, cujo peso nas suas contas chegava a 40% e somava naquela época cerca de R$ 60 milhões.
“Fomos as cobaias. Não tínhamos conhecimento algum de como fazer isso. Tivemos de inventar todo o caminho. Regulação até havia, mas era um mercado fechado, hermético. Eu lembro de falar para as pessoas que iria comprar energia de outro fornecedor e elas não conseguiam entender como eu faria isso. Não havia essa mentalidade. Esse foi o primeiro grande conceito que tivemos de mudar. E os fornecedores também estavam acostumados com o monopólio. Semear essa nova cultura foi difícil, mas interessante”, relembrou o então vice-presidente da empresa, Mario Cilento, em entrevista à revista Brasil Energia de agosto de 2010.
“Ninguém sabia direito o que fazer com aquele contrato, pois tudo era novidade: o mercado livre, o consumidor livre, o MAE, a própria Bandeirante, a Aneel, a Copel. Em alguns momentos, nós, da Tradener, pensávamos em desistir de tudo aquilo, pois era uma burocracia infernal, que não chegava em lugar nenhum”, afirmou o presidente da Tradener, Walfrido Ávila.
Foram seis meses de negociações envolvendo viagens entre São Paulo, Cubatão, Brasília e Curitiba, sede da comercializadora Tradener e da Copel, concessionária que poderia fornecer energia à empresa de soda-cloro. O acordo inédito deixou algumas distribuidoras preocupadas em perder mercado, o que levou agentes a questionarem a decisão na Aneel. “A liberação do consumidor não foi automática nem pacífica. Instaurou-se um processo de mediação administrativa na Aneel, que, sem obter consenso entre os envolvidos, remeteu a decisão para uma reunião conjunta dos agentes, diretor-ouvidor e o diretor-geral. Nesse dia, houve a decisão histórica a favor do mercado livre”, relembrou o primeiro diretor-geral da agência reguladora, José Mario Miranda Abdo.
A negociação finalmente foi concluída em 17 de novembro de 1999, quando a Carbocloro anunciou que tinha fechado acordo de cinco anos para fornecer 55 MW no horário de ponta e 92 MW no restante do dia com a paranaense Copel, que expandia suas fronteiras e forneceria energia para a unidade da empresa em Cubatão. Poucos dias depois, o segundo contrato do mercado livre no Brasil foi assinado: a Volskwagen passou a comprar 18 MW da Copel por cinco anos para sua unidade de Taubaté, em São Paulo.
Leia este texto na íntegra no livro 20 Anos do Mercado Brasileiro de Energia Elétrica.
Fonte: CCEE
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