Explosão tarifária aumenta migração do consumidor para mercado livre de energia ? 17/02/2016
Fonte: Monitor Digital
O mercado livre de energia vive uma expressiva expansão, principalmente em virtude da explosão tarifária no ambiente cativo de contratação. Apesar da crise hidrológica que afetou bruscamente o setor em 2012, o segundo semestre de 2015 está sendo marcado por intensa movimentação de consumidores. Somente neste período, de acordo com a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), 700 empresas iniciaram o processo de migração para o ACL, que dura cerca de 6 meses.
Entre os principais fatores apontados para a movimentação estão: a alta das tarifas de energia praticadas no ambiente cativo e impossibilidade de previsão de custos mensais com energia neste modo de contratação.
– Neste ano, o consumidor cativo sentiu intensamente a alta nas tarifas de energia. Isso porque, além das bandeiras tarifárias que estão vermelhas desde janeiro, houve recomposição tarifária para todas as distribuidoras e o aporte do Tesouro pelo governo esperado pelo mercado que não aconteceu. Assim, o consumidor cativo passa a arcar com alta maior na conta de luz – explica Walfrido Avila, presidente da Trade Energy.
A instabilidade do dólar e a alta da inflação no Brasil, que impactam na compra de energia no mercado regulado – cuja correção é feita pelo IPCA – e na tarifa da Hidrelétrica de Itaipu comprada compulsoriamente pelas distribuidoras de energia das regiões Sul e Sudeste, também são fatores importantes na alta destas tarifas ao consumidor cativo.
– Temos ainda o encarecimento dos novos projetos de geração que elevam o impacto tanto no dólar quanto na inflação – afirma.
De acordo com o executivo, a migração para o ACL será responsável por uma economia de cerca de 30% nos custos de energia para estes consumidores. Isso porque apesar do aumento da tarifa praticada no mercado cativo, houve uma redução do preço da energia existente.
– Os consumidores livres desfrutam de uma previsão dos gastos com energia, que evita que tenham surpresas com tarifas muito altas e gastos acima do esperado. Além disso, esse modelo de contratação também permite maior abertura na negociação de preços, que beneficia o consumidor e viabiliza uma economia bastante considerável – diz o executivo.
Atualmente os consumidores livres de energia representam 60% do PIB brasileiro, sendo 25% da carga total do sistema.
Cummins Centro-oeste vence licitação para modernização de subestação do Ipasgo
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), através de licitação pública, contratou a Distribuidora Cummins Centro-oeste (DCCO) para os serviços de modernização e ampliação da subestação e da usina de geração de energia de emergência do seu prédio sede. Todo o projeto foi aprovado dentro das normas da concessionária CELG.
A DCCO gerenciou o projeto e obras de ampliação da subestação e sala dos geradores, além do fornecimento e instalação de dois transformadores a seco, um disjuntor de alta tensão a vácuo e instrumentos de medição.
– Os dois grupos geradores fabricados pela Cummins Power Generation, C400D6 de 500kVA, foram instalados em alvenaria com kits acústicos, painéis padrão TTA, quadro de transferência em rampa de 1600A (QTA), quadro geral de baixa tensão de 1600A (QGBT), quadro de distribuição essencial de 1600A (QDGE), banco de capacitores de 144kVAr e sistema de exaustores para subestação – explica o engenheiro eletricista Guilherme Aquino, gerente de Negócios Cummins Power Generation da DCCO.
De acordo com a coordenadora de Engenharia e Arquitetura do Ipasgo, Maria das Neves, a migração das medições da baixa tensão para a alta tensão, que deve ser feita em breve, vai contribuir com uma redução na tarifa de energia elétrica.
– Outro benefício é que os geradores passaram a atender todo o prédio, antes atendia apenas a área de TI e elevadores. O gerador antigo falhava muito, o novo é muito mais confiável. A partir de agora, os 928 colaboradores do Ipasgo poderão atender com mais tranquilidade e segurança os 610 mil usuários conveniados.